terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Comer pouco aciona enzima associada à longevidade


                                                Imagem: (Foto Divulgação)

Pesquisa descobriu que enzima ajuda as células no processo de divisão quando possui poucos nutrientes, impedindo alterações no material genético.

   
 BEM-ESTAR Atualizado em 9 de janeiro de 2012, às 17:52 por Marília F. Silva
 
A restrição da ingestão de calorias já foi associada de várias maneiras com a longevidade em diversas espécies. Um estudo  recente feito pelo Centro Médico da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, identificou o mecanismo que libera esse procedimento. De acordo com o estudo, a redução no número de nutrientes faz com que a enzima quinase ativada em AMP (AMPK) ajude a concluir o procedimento de divisão da célula.

Especialistas descobriram que a AMPK é hábil para identificar quando o número de nutrientes no organismo é insuficiente. Nessa situação, ela começa um processo que estabiliza a divisão das células normais, cancerígenas e das células-tronco, impedindo que as transformações no material  genético celular sucedam durante o processo e liberem problemas como o câncer.

“Geralmente a ação das enzimas é muito específica, e a AMPK é ativada somente quando há falta de nutrientes, distribuindo nas células a energia necessária para a reprodução”, afirma o geriatra e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Fernando Bignardi.

Apesar de outras análises já terem comprovado a importância dessa enzima na relação entre comer pouco e longevidade, essa atuação específica ainda não era conhecida. A AMPK é hábil para  espalhar o fosfato, fundamental para as células apresentarem energia, durante a divisão da célula em ambientes desprovidos de nutrientes. É uma opção que proporciona proteção para o organismo em situações como essas.

“Mas isso não quer dizer que as pessoas devam fazer jejum para que a enzima seja ativada e a célula seja protegida, já que, com quantidades suficientes de nutrientes, a divisão celular simplesmente não precisa da ação da AMPK para concluir a mitose”, diz Bignardi.

Na pesquisa realizada com células humanas, os especialistas utilizaram um procedimento capaz de identificar e acompanhar quais proteínas são transformadas pela atuação da enzima. Eles descobriram 32 proteínas, sendo que 28 eram até então ignoradas. “É a primeira vez que o método de triagem tem sido aplicado à enzima AMPK em células vivas humanas”, diz Anne Brunet, coordenadora do estudo e professora de genética da Universidade de Stanford.

“Diante da privação de nutrientes, a enzio bma é importante para a célula completar a mitose com segurança e evitar instabilidade genômica”. Segundo a especialista, a descoberta pode ter efeitos para todos os tipo de células em divisão.

De acordo com os especialistas, a identificação de novas células comprometidas pela AMPK elevam os alvos potenciais para tratamentos de males como o câncer. Além disso, a ferramenta de seleção usada no estudo pode ser vantajoso na pesquisa de outros tipos de enzimas.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Comer pouco combate Alzheimer e Parkinson e aumenta expectativa de vida, diz pesquisa


Ratos criados com pouca comida viveram em média 40% mais

R7

A redução da ingestão diária de alimentos a cerca de 500 calorias (pouco mais do que alguns legumes e chá) por dois dias pode aumentar a vida dos seres humanos, afirma reportagem do diário britânico The Guardian. Pesquisadores do Instituto Nacional sobre o Envelhecimento, em Baltimore, Estados Unidos, afirmam que ratos e camundongos criados com pouca comida aumentam sua vida útil em até 40% e que efeito semelhante foi observado em seres humanos.
De acordo com o chefe do laboratório do instituto de neurociências do Instituto, Mark Mattson, “morrer de fome ocasionalmente” pode evitar não só problemas de saúde e morte precoce, mas retardar o aparecimento de condições que afetam o cérebro, incluindo acidentes vasculares cerebrais.



- Nossos experimentos com animais sugerem claramente isso.

Até a multiplicação de neurônios no cérebro pode ser afetada por muita ou pouca ingestão de energia. Quando a ingestão de calorias é drasticamente reduzida, dois “mensageiros celulares” aumentam o aparecimento de neurônios, processo contrário ao efeito causado por Alzheimer e Parkinson.

- As células do cérebro são colocados sob estresse leve [...] O efeito geral é benéfico.



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Agora a equipe de Mattson está se preparando para estudar o impacto desse “jejum” sobre o cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas. Se esse elo final puder ser estabelecido, Mattson acredita que será possível melhorar o funcionamento do cérebro por meio de “ataques de restrição de energia intermitente".
Em outras palavras, eles poderiam cortar a ingestão de alimentos a um mínimo de dois dias por semana, enquanto se delicia nos outros cinco.
- Nós descobrimos que funciona muito bem do ponto de vista psicológico. Você pode colocar-se em ter praticamente todo o alimento para um dia se você sabe que para os próximos cinco você pode comer o que quiser.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Jejum colabora no tratamento do câncer



EFE


O estudo foi feito em ratos e ainda não há comprovação do mesmo resultado em humanos



Jejuns curtos e severos têm um impacto similar ao da quiioterapia em certos tipos de câncer, e os dois procedimentos combinados aumentam substancialmente o índice de sobrevida, segundo estudo feito com ratos e que foi publicado nesta quarta-feira (8) na revista Science Translational Medicine.
A pesquisa, liderada por Valter Longo, professor de gerontologia e ciências biológicas na Universidade Southern Califórnia, nos Estados Unidos, constatou que em cinco de oito tipos de câncer em ratos o jejum atuou de forma positiva, pois a privação de alimentos tornou o crescimento dos tumores mais lento.
E em todos os casos "a combinação de ciclos de jejum com a quimioterapia foi mais ou muito mais eficaz que a quimioterapia sozinha", explicou Longo.
Os pesquisadores afirmaram que os múltiplos ciclos de jejum combinados com quimioterapia curaram 20 % dos ratos afetados por um tipo de câncer infantil altamente agressivo, que tinha se propagado por todo o corpo, e 40% dos ratos com uma propagação menor do mesmo tumor.
Nenhum dos ratos, em ambos grupos, sobreviveu só com a quimioterapia. O professor advertiu que só provas clínicas, que ainda levariam anos para serem concluídas, comprovarão se o tratamento é eficaz em humanos.
"Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe."

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Diabetes Mellitus - O Metabolismo do Açúcar

A hipoglicemia é a queda dos níveis de glicose no sangue. Leva a intenso mal estar, com sudorese, queda da pressão arterial e sonolência. Pode ocorrer crise convulsiva e inconsciência.

Na terceira idade deve se destacar o descontrole no tratamento do diabetes que pode levar à hipoglicemia. É de boa norma manter-se a glicemia nunca muito baixa (em torno de 120/140 mg) em pessoas diabéticas.

O diabetes mellitus é moléstia caracterizada por distúrbios no metabolismo de açúcares, gorduras e proteínas. É devida a uma interação entre fatores hereditários e ambientais que levam a falta de secreção da insulina, aumento da glicose no sangue e comprometimento de vários órgãos, destacando-se os rins, a retina, e os sistemas nervoso e circulatório.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem a função de regular a quantidade de glicose existente no organismo.

A glicose, nossa principal fonte de energia, penetra nas células graças à ação da insulina. No diabetes há falta de insulina e portanto a glicose não penetra nas células permanecendo na circulação.

No jovem a doença é totalmente dependente da insulina e em geral é de difícil controle e perspectivas mais graves. No idoso o diabetes não é só dependente da insulina sendo de mais fácil controle.

É comum a doença não ser diagnosticada ou seu tratamento ser negligenciado.

Considera-se Diabetes quando a dosagem de açúcar (glicemia) no sangue, em jejum, é superior a 140 mg/dl. Em geral há emagrecimento, aumento da quantidade de eliminação urinária e aumento do apetite.

O diabetes pode ser acompanhado de doenças circulatórias (Coronariopatia, Acidente Vascular Cerebral, e Gangrena, principalmente), doenças renais e distúrbios da visão. No diabetes observa-se uma aceleração do processo de arteriosclerose. No idoso o diabetes em geral é benigno, evoluindo muito bem quando o tratamento for bem administrado.

O controle do açúcar em geral é feito com dieta pobre em carboidratos e medicamento que diminui o nível de açúcar no sangue. Eventualmente faz-se uso da Insulina .

A dieta é muito importante e se baseia na restrição de carboidratos, incluindo-se aí o açúcar, a batata, a beterraba, etc. O controle de peso é fundamental pois a obesidade pode desencadear o diabetes. Não se deve manter a glicemia muito abaixo de 140mg/dl para evitar a Hipoglicemia.

A Hipoglicemia é a queda dos níveis de açúcar no sangue levando a intenso mal estar, com suor, palidez e até perda da consciência.

O tratamento da diabetes na 3ª Idade em geral é feito com dieta, atividade física e às vezes, com o uso de medicamentos que diminuem os níveis de glicose no sangue.

Medicamentos modernos atuam para aumentar a sensibilidade das células à insulina e para retardar a absorção intestinal dos açúcares. Nos casos de controle difícil deve-se usar a Insulina. A dieta rígida deve ser mantida sempre.

O descontrole do diabetes pode ocorrer em qualquer tipo de infecção, durante eventuais cirurgias, e quando utilizado certos medicamentos como por exemplo: aspirina, beta-bloquadores, certos diuréticos, cortisona e barbitúricos. O álcool é freqüente causador de descontrole.

O descontrole do diabetes produz a Acidose que se manifesta através de sonolência e pode evoluir para o estado de coma.

O controle do diabetes está na dependência de importantes mudanças de hábitos alimentares e atividade física, principalmente. É muito importante seguir à risca a orientação médica. A prevenção é feita principalmente em pessoas com antecedentes familiares, quando o controle de peso é fundamental.

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